Modelos de cama hospitalar: características e propósitos de uso

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As camas hospitalares estão disponíveis no mercado em diferentes modelos. Cada tipo possui características apropriadas e importantes para o tratamento e conforto dos usuários em ambiente hospitalar ou domiciliar – elas são essenciais para a manutenção e recuperação da saúde dos pacientes, pois promovem bem-estar e segurança, assim como torna mais prático o trabalho de médicos e equipes de enfermagem.

Como as camas apresentam mais de uma possibilidade, para atender as necessidades específicas de cada pessoa segundo a finalidade de seu tratamento, será mais do que essencial fazer a escolha certa do modelo. 

As de baixa perda de ar, por exemplo, são destinadas para pacientes com queimaduras, úlcera de pressão e doenças na pele, justamente por apresentar menor pressão. Já as camas Clinitron, também utilizadas para queimaduras ou enxertos, são indicadas por conterem um ar aquecido que circula pelo colchão, diminuindo igualmente a pressão e possíveis incômodos nas feridas. 

Entre as camas, há ainda as macas hospitalares que são aquelas usadas em salas de emergência. Suas principais características são a mobilidade: possuem rodinhas e são dobráveis. Em maioria, são usadas para auxiliar na locomoção dos pacientes. 

Na realidade, o que mais difere entre os modelos são as suas dimensões, os materiais da estrutura e o colchão. Além das principais, estão as características secundárias (mas não menos importantes), como o rebaixamento e elevação do leito, grade de proteção lateral e se essas são fixas ou removíveis. 

Em relação aos tamanhos, o padrão é de 1,90m de comprimento e 0,90m de largura, podendo variar de acordo com o fabricante.

Para que o paciente tenha mais conforto, as camas possuem alguns ajustes que podem ser tanto mecânicos quanto elétricos – manivelas manuais ou controle remoto, dependendo do modelo da cama. Vamos falar sobre a seguir. 

Conheça mais sobre cada modelo de cama hospitalar

Mas, antes, saiba quais são os ajustes mais comuns e, geralmente, mais necessários de estarem contemplados nas camas:

  1. Ajuste da cabeceira;
  2. Remoção das barreiras laterais;
  3. Regulagem da altura do estado e das grades de proteção laterais;
  4. Inclinação lateral;
  5. Apoio das costas, coxas e panturrilhas;
  6. Extensão da cama;

Principais tipos de camas hospitalares e suas funções

  1. Cama hospitalar elétrica;
  2. Cama hospitalar manual;
  3. Cama hospitalar semi-elétrica;
  4. Maca hospitalar;
  5. Cama hospitalar de baixa perda de ar;
  6. Camas de terapia Clinitron;
  7. Cama hospitalar PPP.

Cama hospitalar elétrica

A cama hospitalar elétrica possui um controle em sua lateral para que o paciente possa ele mesmo acessar suas diferentes funções, dando autonomia para o usuário. Por ser uma cama hospitalar motorizada, é encontrada em grandes hospitais. 

Por conta de seu layout moderno, que possibilita fáceis interações, é geralmente indicada para pessoas com limitações de movimentos ou restritas ao leito. As camas beneficiam a circulação, dores na coluna e também o refluxo digestivo. 

Com mudanças no ângulo de inclinação na área das pernas e da cabeceira oferecem uma posição maior de conforto. Inclusive, os idosos são os mais beneficiados com as camas elétricas, também chamadas de articuladas motorizadas. 

Cama hospitalar manual

Possui movimentos através de manivelas que favorecem a circulação de sangue em determinadas partes do corpo do paciente, melhorando sua recuperação. Assim como o modelo anterior, proporciona maior conforto e segurança com a elevação da cabeceira e das pernas, prevenindo também úlceras de pressão. 

Sua principal diferença da cama elétrica é, como o próprio nome diz, que esta funciona a partir de uma manivela manual ao invés de um controle remoto. 

Cama hospitalar semi-elétrica

Uma cama semi-elétrica é uma mescla de ambas. O modelo tem um motor que controla os ajustes para os pés e a cabeça. Pressionando um botão, você pode facilmente mudar suas posições. Porém, a altura da cama, por exemplo, é sempre uma mudança feita à mão.

Estas são um pouco mais caras que camas manuais, porém, com a vantagem adicional de não precisar trabalhar manualmente para ajustar as duas extremidades da cama. E, assim, com um valor mais acessível que uma articulada elétrica. 

São utilizadas por pacientes que exigem a troca de altura com frequência, apenas as alterações de posições. 

Maca hospitalar 

A maca hospitalar é a cama para emergências. Não à toa, não possui vantagens como uma cama motorizada, mas possui mobilidade por ter rodinhas e ser dobrável – conforme vimos na introdução. São usadas para a locomoção entre quartos, centro cirúrgicos e ambulâncias. 

Cama hospitalar de baixa perda de ar

Ao contrário das camas hospitalares comuns, esse tipo possui um sistema diferenciado que sopra para o interior do colchão, diminuindo a pressão em feridas e mantendo elas sempre secas e frescas. Dessa maneira, seu uso é específico para pacientes com queimaduras, enxertos no corpo, propensos a úlcera de pressão e problemas de pele.

Camas de terapia Clinitron

A opção apresenta uma tecnologia diferenciada para possibilitar um tratamento de feridas ainda com mais conforto para pacientes com questões complexas e expostas. 

A cama contém um ambiente de cicatrização ideal para pacientes com pele comprometida. Seus sistemas contam com terapia de fluidificação de ar, o que diminui a pressão da interface, ao mesmo tempo em que aumenta as propriedades de imersão, melhorando consideravelmente a cicatrização.

Cama hospitalar PPP

Este modelo nada mais é do que a cama utilizada em parto. O nome vem de suas funções de pré-parto, parto e pós-parto. Tem por finalidade proporcionar para a gestante maior conforto, além de evitar a transferência entre o quarto e o centro cirúrgico. 

Transformando-se em cama hospitalar para repouso após o parto, ela possui um leito estofado com capa em courvin, que não permite líquidos e resíduos atingirem a espuma, facilitando assim a higienização depois do nascimento. 

Posições de camas hospitalares e seus encargos 

Acionados por sistema elétrico, controle remoto, ou manualmente, as camas hospitalares apresentam diferentes movimentos de apoio à cabeça, pernas, coluna e a possibilidade de elevação para procedimentos vasculares.

Posição 90º

Similar com a posição Fowler na região dorsal, a posição 90 graus apresenta angulação negativa nas pernas em relação ao assento e ao dorso. A alternativa é indicada para a recuperação de pacientes cardíacos ou com problemas respiratórios. 

Promove alívio dos pulmões e melhoria do sistema circulatório e metabólico em usuários com suporte ventilatório, por exemplo. 

Posição vascular

Há elevação angular das coxas com a panturrilha, em paralelo, à sessão dorsal. Esta posição é aconselhada para auxiliar no alívio da dor e melhoria da circulação dos membros inferiores. 

Fowler

Posição semi-sentada (45º) utilizada para tratamentos de pacientes com dispnéia após cirurgia de tireóide, abdominal ou cardíaca. Esta opção afasta os órgãos abdominais do diafragma, aliviando a pressão sobre a cavidade torácica, o que permite o melhor funcionamento dos pulmões. Também auxilia para que o usuário se alimente com mais facilidade. 

A posição é largamente utilizada em cirurgias plásticas, como, por exemplo, na abdominoplastia (ou dermolipectomia abdominal), visando relaxar a tensão nas suturas entre o abdômen inferior e flancos. 

Semi-fowler

Derivada da anterior, aqui, a cabeceira da cama hospitalar é posicionada em um ângulo de até 30º – o que reduz a falta de ar, drena o pulmão e auxilia na prevenção de aspiração de líquidos e secreções. Muito utilizada na recuperação de cirurgias abdominais e em pacientes com nível de consciência reduzido. 

Trendelenburg

É quando os membros inferiores ficam mais elevados em relação à cabeça do paciente. A Trendelenburg é indicada para facilitar o acesso à região pélvica, auxiliar no preenchimento e distensão, e ajudar no processo de inserção de cateteres centrais e periféricos – auxiliando na perfusão, estado de choque e drenagem de secreção pulmonar. 

Reverso de Trendelenburg

Inversa a anterior, a cabeça e o tronco do paciente ficam mais elevados em relação aos membros inferiores. Utilizada justamente para melhorar a circulação dos membros inferiores, tratar embolismo aéreo venoso, melhorar a circulação da região cerebral, prevenir broncoaspiração de vômitos e ingurgitar vasos do cérvix para colocação de cateteres venosos centrais. Também facilita a respiração em pacientes com sobrepeso e obesos. 

Estrutura e composição de camas hospitalares

Confeccionadas em aço retangular, em maioria comum, seguem as seguintes medidas: 1.020 recaudo, 50x30x1,5 mm de espessura de parede. Suas estruturas são revestidas por carenagens e fiberglass – o que significa pares de grades laterais. 

Cabeceira e peseira também devem ser confeccionadas em fiberglass com acabamento em gel coat isoftálico. Este material apresenta boa durabilidade, sendo superior a outros tipos de polímeros. O leito deve conter protetor anti-impactos nas extremidades a base de PVC flexível. 

Certificação de camas hospitalares na Anvisa 

Todos os produtos que são direcionados à área da saúde – equipamentos, materiais e produtos para diagnóstico – quando regularizados pela Anvisa recebem um número de registro que deve estar disponível em sua rotulagem. Ao comprar uma cama hospitalar para leito domiciliar é importante consultar a validação deste código. 

Como optar pelo melhor modelo de cama hospitalar

Conforme vimos ao longo deste artigo, são vários tipos e modelos de camas hospitalares com objetivos diferentes. Saber escolher o mais condizente com o tratamento é necessário para a melhor recuperação do paciente. 

Leve alguns fatores em consideração na hora da escolha, como estado clínico, idade, peso, mobilidade e nível de dependência do paciente, tempo de utilização, principal objetivo, conforto e espaço disponível no ambiente que irá recebê–la.

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